
Descaracterizaram o Evangelho da Graça, por uma onda de uma década progressista, que por sopro de espíritos desconhecidos superfaturaram a obra do calvário, colocando sobre os ombros de Jesus feridas novas e solicitando que o Mestre cravasse suas mãos novamente com os pregos da banalidade. O discurso da super graça, não só é a-bíblico como estúpido. Estudando sobre esse tema, o que alguns apregoam é tão danoso para a fé, assim como se tornou uma assinatura contra o Evangelho de Cristo.
A visão paulina sobre a Graça é a consagração da vida do crente, e não a degradação moral no histórico daqueles que se dizem nascidos de novo. O comportamento determina o nível do Evangelho que possuímos. Podem até elucidar um discurso bonito, mas a maneira de se viver denúncia exatamente o ‘Evangelho’ que está no caráter. “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” (II Coríntios 11:3)
O evangelho envenenado, enrustido, ou apelidado de graça – que é o veneno da serpente – é o discurso que está nos lábios de muitos, pois destilam veneno e não têm piedade daqueles que são fracos na fé, pelo contrário, esses, apregoando loucuras, estão com o coração empedernido e lançam seus jatos venenosos sem medirem consequências, estimulando muitos a entrarem na dimensão da carne, desprovidos da vida no espírito, são ofensivos a Deus e transtornam a geografia onde vivem. Mas, não se iludam, a esses, virá dobrado julgamento, por isso a Igreja deve estar atenta e seus mestres da sã doutrina devem estar de plantão, com a Palavra da verdade empunhada, para desmistificar as heresias que entram no arraial dos santos. Uma graça que estimula a pecar é um sopro que não vem do Trono de Deus; é a halitose de Lúcifer liberada na direção dos que têm tendência às obras da carne.
“Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais as coisas que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.” (Gálatas 5:16-18). Ou seja, não vive na lei, mas debaixo da graça. “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os fornicadores, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.” (I Coríntios 6:9,10)
Mas não quero ser injusto. Existe uma turma boa, comprometida, com conteúdo bíblico saudável, implacável com o mundo e sensível à verdade do Evangelho. Estão mais consagrados a Deus e à sua Palavra, com uma vida devocional em ordem, que não emprestam seus ouvidos às mentiras nem seus olhos à concupiscência; não andam em vaidade nem acessam os degraus da soberba, são arautos da verdade e proclamadores da justiça. O que esses líderes possuem nos lábios? Possuem o Evangelho da Graça que foi pregada por Paulo, que dava direito à refeição sociopolítica. O Evangelho da Graça serve para transformação de vidas e não agregação de imorais. Não podemos esquecer que é o próprio Jesus, o Dono da Graça, quem lista quem está com Ele e quem ficará de fora.
“Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. Mas, quanto aos covardes, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.” (Apocalipse 21:7,8)
Renê Terra Nova
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