
Quem tiver a mente do Reino e o entendimento da Graça, com certeza tem uma vida sem peso. O maior absurdo da história teológica foi o discurso hipérbole de que a Graça absolve tudo e que todos podem fazer o que quiserem. Eu não posso ver a Graça como um elemento solto, que utilizo na hora que achar que preciso, nem como um pincel que usarei para pintar o sete.
A Graça foi dada para que meu entendimento de quem é Jesus, o Seu REINO e os Seus princípios se alargassem em mim, e não apequenassem a vida de Deus no meu testemunho. Analisando os discursos paralelos sobre Graça, totalmente fora do Modelo que Jesus e Paulo ensinavam, como é fácil carnalizar uma pessoa e como se paga preço para se manter em santidade. Conheço muitos segmentos, dos mais tradicionais ao neopentecostalismo, nos quais o ensino sobre Graça é modelado no que Jesus fez no calvário e não na ação do homem confrontando a cruz de Cristo. O Evangelho da Graça nos consolida no Reino e não o contrário: Nos colocar distantes de Jesus no caminho, por uma rota que Ele não nos autorizou.
O entendimento sobre Graça não pode fugir do que as Escrituras dizem nem sermos criadores de um Evangelho paralelo. Não é difícil gerar outro Evangelho. Leia o que Paulo adverte à Igreja de Corinto, no primeiro século, a Igreja doutrinalmente correta, mas que começou a adotar ensinos do gnosticismo e adaptar a vida cristã:
“Quisera eu me suportásseis um pouco na minha loucura! Suportai-me, porém, ainda. Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. Porque, se alguém vindo pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofreríeis.” (II Coríntios 11:1-4)
A vida aqui é na Graça, depois que Jesus se tornou o Senhor. Porém, fora disso, é o sofrimento que os fiéis vão ter em adotar outra doutrina por se afastarem do Evangelho, do Espírito e de JESUS. A Igreja pode ser modernizada, mas não mundanizada, pode ter todos, mas não pode ter tudo. A Igreja é para todos, mas o Reino não é para tudo. A porta continua estreita, podem até externamente ‘arcoírisar’ a Porta do Reino, colocar enfeites, mas ela continuará estreita. De fora para fora, façam o que quiser, mas de fora para dentro, depois que cruzar a porta, é como Ele disse.
Muitos estão ensaiando discursos bonitos e outros adotando estilos de vida diferente, mas as palavras dEle não passarão e as rotas adotadas não substituem O Caminho. O Reino é completo, a GRAÇA foi gerada lá, e como o Senhor não muda, será exatamente como ELE disse e não como alguns desejam. A visão do Mentor e Autor da GRAÇA, Jesus, é que para o homem estar aqui, deverá entrar com a atitude de arrependimento, e não com arrogância de ensinar a Deus e a sua Palavra como deveria ser. A sugestão é válida, mas o princípio é dele. “O tempo é chegado, dizia ele. O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas-novas!” (Marcos 1:15)
Renê Terra Nova
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