“Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos! Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo e deitaria mão contra os seus adversários. Os que aborrecem ao SENHOR se lhe submeteriam, e isto duraria para sempre. Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha.” (Salmos 81:13-16)
Vamos voltar à questão da Babilônia, que é de fundamental importância para vermos o que o reino inimigo pode fazer com quem negocia princípios. Quando o povo de Israel voltou do cativeiro? É importante notar que, mesmo depois de completados todos os anos do cativeiro, as dores e perdas que eles tiveram serviram de experiência, e mesmo com alguns históricos positivos de governo com Daniel, não foi fácil servir a um rei opressor, que matava os que não confessavam suas convicções e lançava em covas de leões os que resistiam à tirania, como na experiência de Daniel que não se curvou, também lançado no fogo com Sadraque, Mesaque e Abdenego, que não negociaram a fé. Ficaram incontaminados! “E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos príncipes. Jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus. E o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, para que no fim destes pudessem estar diante do rei. E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias; e o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias o de Sadraque, e a Misael o de Mesaque, e a Azarias o de Abednego. E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar.” (Daniel 1:3-8)
O livro de Daniel é um compêndio que mostrará detalhes de como um povo poderá sobreviver em meio às perseguições. Com os pregões que os filhos de Israel ficaram presos sem liberdade de cultuar, o sobrenatural do Senhor se manifestou e, debaixo de novas instruções, os novos decretos vieram através do Rei Ciro I, que se aliou aos homens de Deus e libertou o povo do cativeiro. Os hebreus, que agora são chamados de judeus, por guardarem as leis e criarem culturas para manter os valores do Senhor, porque até antes do cativeiro babilônico, eram chamados de hebreus, o termo judeu veio após o cativeiro babilônico, porque eles eram guardiões da lei. Então, veio a restauração de seu templo e seu culto; nem todos voltaram para Jerusalém e para as terras de Israel. Muitos ficaram aculturados na Babilônia e outros estenderam suas tendas em meio ao caminho no retorno para Sião. Os primeiros judeus retornaram do exílio para Israel em 538 a.C, através do reinado de Ciro I. O chamado Cativeiro da Babilônia durou quase meio século e só chegou ao fim quando o rei persa Ciro I libertou os judeus. A partir daí, realizaram uma nova peregrinação com direção à cidade de Jerusalém. Esse ciclo se encerra com Daniel tendo uma visão de arrebatamento e da volta de Jesus. A profecia é tão precisa que os escatológicos apontam para a Parusia com muita convicção, porque mostra a restauração total do estado de Israel, que estamos desfrutando hoje.
“E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro. E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente. E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará. Então eu, Daniel, olhei, e eis que estavam em pé outros dois, um deste lado, à beira do rio, e o outro do outro lado, à beira do rio. E ele disse ao homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio: Quando será o fim destas maravilhas? E ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, o qual levantou ao céu a sua mão direita e a sua mão esquerda, e jurou por aquele que vive eternamente que isso seria para um tempo, tempos e metade do tempo, e quando tiverem acabado de espalhar o poder do povo santo, todas estas coisas serão cumpridas. Eu, pois, ouvi, mas não entendi; por isso eu disse: Senhor meu, qual será o fim destas coisas? E ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim. Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão. E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá mil duzentos e noventa dias. Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias. Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias.” (Daniel 12:1-13)
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