
“O melhor de todos os primeiros frutos de toda espécie e todas as primícias serão dos sacerdotes; também as primeiras das vossas massas dareis ao sacerdote, para que faça repousar a bênção sobre a vossa casa.” (Ezequiel 44:30)
Observe como começa o texto. É óbvio que alguém vai dizer, e com razão, que esses frutos são para Deus. A questão aqui não é essa, mas a resistência que temos em reconhecer um sacerdote, ou autoridade espiritual sobre nossas vidas, sejam eles: Pastor, Bispo, Apóstolo. Imagine todo o Israel, que era agricultor e pecuarista, que conhecia o princípio, trazendo os primeiros frutos aos sacerdotes? Quantos sacerdotes e levitas existiam na época, e qual era a população de Israel? Então, era uma abundância na direção daqueles líderes. Israel abastecia os celeiros dos seus líderes e não havia miseráveis entre sua descendência. “… para que faça repousar a bênção sobre a vossa casa.” (Ezequiel 44:30c)
Por muitos anos, a palavra que mais me constrangia ouvir do ímpio era: “Você está dando dinheiro a Pastor! Pastor é ladrão!”. Já fui muito ferido com isso. Mas, quando o princípio alcançou meu entendimento, eu vi o tamanho da estratégia do diabo para anular uma bênção tão extensa que o Senhor estabeleceu para que os Seus ungidos não tivessem falta de coisa alguma. Primícia não é cultural, é um princípio espiritual. A palavra fala do sustento de um líder com o coração aberto e mostra que o obreiro é digno do seu salário. “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina; porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário.” (1 Timóteo 5:17,18). DIGNO, ou seja, a visão de ajudar não é de uma esmola, é de sustentar o ministério, assim como o ministério de Jesus era sustentado.
“E algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual saíram sete demônios; e Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes, e Suzana, e muitas outras que o serviam com seus bens.” (Lucas 8:2,3)
Na verdade, quando a Igreja contaminou a visão de Jerusalém e adotou por imposição dos imperadores “Constantino” a doutrina romana, ela se confundiu na sua chamada de ensino. “E irão muitos povos, e dirão: Vinde, subamos ao monte do SENHOR, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do SENHOR.” (Isaías 2:3). Sim a Igreja, em muitos momentos, se perdeu no meio do caminho, e quando se estabeleceu no fundamento dos Apóstolos, ela se organizou financeiramente, até para que seus obreiros não padecessem necessidades. Exceto os abusos de ensino financeiros que existem, por parte de alguns aventureiros, hoje, pelo princípio, quando eu vejo a Igreja sendo restituída doutrinalmente, a mentalidade aberta, há um preço pago lá atrás. Muitos líderes podem receber seus salários e desfrutar de uma vida de excelência, principalmente aqueles que multiplicam seus rebanhos e investem na sua dialética, educação e alta performance, como homens do Altar, sabendo tramitar em conhecimento que alimenta saudavelmente o rebanho.
Ver seu Pastor desfrutando de uma vida próspera, mostra que a mentalidade que era da Igreja do passado, herança de Roma, mudou de verdade, e a visão de Jerusalém foi restituída, quando TODOS os que trabalham em qualquer setor, fosse no campo, cuidando da pecuária, ou tirando a força da terra, esses investiam nos seus mentores espirituais, traziam as primícias para que eles pudessem ter tranquilidade em ministrar ao povo. As primícias não são uma ideia humana, as primícias são um princípio divino. Então, as primícias não são de ordem cultural, as primícias são de ordem espiritual, como está escrito em Ezequiel 44:30.
RENÊ TERRA NOVA
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