“E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor. Então, disse aos seus discípulos: A ceifa é realmente grande, mas poucos os obreiros. Rogai, pois, ao Senhor da ceifa, que mande obreiros para a sua colheita.” (Mateus 9:36-38)
Certo dia me perguntaram como faço para ganhar vidas para Jesus e qual o segredo do crescimento? Bem, não teria outra resposta, a não ser que cumpro a ordem. Porém, a estratégia precisa ser aplicada. Muitos ministérios têm suas estratégias e todas são aprovadas, o que precisamos é focar na estratégia que o Senhor nos confiou. A colheita dos últimos dias será poderosamente grande, porque o número de salvos que o Senhor entregará neste tempo será como as estrelas do céu e a areia do mar. Gosto de ver a intrepidez de alguns líderes em pregar, responsavelmente, o Evangelho, mas me impressiona os que o fazem pela paixão por vidas, e não pela didática da homilética. Eu diria que o sucesso de um líder que milita no campo da colheita de vidas é o amor que possui por elas. É o pedido de Rachel para Jacó: “Dá-me filhos, se não eu morro!”
Se eu e você fizermos nossa parte em evangelizar, com certeza, teremos uma colheita jamais experimentada, pois somos chamados para isso e queima no nosso coração o desejo de ver o aumento do Reino. “O aumento do seu reino não terá fim.” (Isaías 9:7). Claro que não devemos desejar o aumento da colheita sem o peso da responsabilidade, mas desprovidos de sentimentos que estamos em uma obrigatoriedade vamos colher com a chamada ordenada no nosso coração. Tudo que é movido por amor encontra o destino do êxito. Tudo que é feito sem amor encontra a rota do fracasso. Inclusive o Senhor diz: “Maldito o que fizer a obra do Senhor relaxadamente; e maldito aquele que retém a sua espada do sangue.” (Jeremias 48:10)
As perguntas que nos fazem sobre crescimento são as mesmas, mas nem sempre teremos as mesmas respostas, por causa das geografias, ou seja, cada território precisa conhecer sua metodologia para avançar com responsabilidade. Na missiologia (estudos das missões globais), aprendemos que o líder que sabe respeitar culturas revela o sinal de maturidade para que a colheita seja abundante. Me lembro de quando evangelizei no Egito, procurei com zelo e respeito acessar o coração daquela gente, e tivemos êxito por não violentar o costume local, até que fossem libertos pelo poder da Palavra, que é uma obra do Espírito Santo e não da força do nosso braço. (Mas confesso que já fui imaturo em algumas missões). Ninguém terá êxito pleno sendo invasivo nos territórios e desrespeitoso com aqueles que abriram as portas para entrarmos no ambiente da sua confiança. Precisamos colher frutos? Sim! Mas macular o território, jamais.
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