Todos que estudam a Palavra sabem o que o primeiro Adão entregou o Reino nas mãos do inimigo, e pela palavra persuasiva da serpente o Reino foi negociado, e a arma que foi usada foi a desonra a Deus e a rebelião no Seu Reino. Com o uso da palavra, Satanás comprou o reino, e a moeda de troca foi a desobediência, levando as gerações futuras ao fracasso. Jesus utiliza a mesma ferramenta, – PALAVRA – e na primeira tentação sugerida por Satanás, de comer o pão que Ele mesmo transformaria das pedras, o Mestre entende a cilada – fruto por pão, pão por fruto, ou seja, a armadilha seria a mesma: Comer no jejum pela Redenção para quebrar o princípio. Bem, o cetro estava na mão de Satanás e Jesus deveria comprar de volta o cetro para ter direito de reinar sobre o homem.
Mas qual seria o preço? A própria vida. O reino funciona assim: A vida pela vida. Não tem como sobreviver no reino sem consultar o Rei. Na visão do Evangelho, precisamos nutrir nosso relacionamento com Ele. Nossa vida é dEle. Uma vez, antes de qualquer ação que queiramos fazer, precisaremos do plano para que não falhe o projeto, e para isso, não será o plano que desejamos, mas a resposta que o Rei dá, pois não nós pertencemos mais a nós mesmos.
“Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor a resposta da língua. Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito. Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos.” (Provérbios 16:1-3)
Somente Jesus poderia resgatar o reino dos homens que caiu com o primeiro Adão, porque esse reino estava com raciocínio da mente caída, com a cultura dos ímpios, com sentimentos dos maus e com os valores corrompidos, e Ele veio e resgatou com o Projeto do céu. Por isso, foi enviado pelo Rei um JUSTO, com um plano e projeto de raciocínio do Reino, que pudesse contrariar as mentes pecaminosas e avançar com a inteligência do Rei. Jesus é a ideia mais fascinante para o resgate do homem. Quando se fala que Ele resgatou o Reino e pagou o preço, a moeda usada foi a própria vida. Seu sangue foi derramado para que vidas fossem resgatadas e redimidas.
“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes. Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus.” (Hebreus 9:22-24)
O Evangelho do Reino é, literalmente, Jesus redimindo um povo para ter mente de Reino. Somos tendenciosos a ser tribais e fazermos nosso reino pessoal, mas a visão de Jesus é expandir o Reino com filhos que raciocinem com a Sua mente. Então, o Reino foi resgatado para que Seus filhos pensem como o Rei pensa, ajam como o Rei age, e estabeleçam o avanço do Seu Reino, e para isso acontecer nosso Reino precisa ser renunciado. Não podemos como ser Hidra de Lerna, o dragão de várias cabeças, cada uma dando comando e fazendo o que bem quer. Porém, como Senhor tem uma cabeça que pensa através de valores, uma mente que raciocina por princípio e um povo resgatado com os mesmos pensamentos e raciocínio, Ele é a única cabeça.
“E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência. Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse, e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.” (Colossenses 1:18-20). Até esse Reino ser formado, o resgate em muitas vidas está em processo, pois o desejo do Rei é que todos avancem em um só comando e o resultado da conquista seja visível a todos.
Renê Terra Nova
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