“Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo.” (Gálatas 6:2)
Que conselho você daria a uma pessoa que tem passado por aflições inenarráveis? E que conselho você se daria, diante das demandas de alma que tem enfrentado? Então, às vezes, temos a resposta nos nossos lábios e não sabemos utilizar essa ferramenta a nosso favor. Eu e você já somos ministrados pelo próprio Deus, pela Sua Palavra e pelos instrutores que Ele mesmo colocou na nossa vida, nos orientando sobre como nos comportar diante das crises que cercam nosso território da alma. Tenho visto dores profundas em pessoas que estão aproximadas de nós, assim como pessoas distantes do nosso convívio. Veja que muitos estão se identificando com o cenário atual e dizendo: “Neste momento de dor global, eu estou dentro do olho do furacão”. Seja dor física, emocional, espiritual, material, ou de ordem financeira, todos estamos dentro desse contexto. “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus.” (Romanos 8:18,19)
Levar as cargas uns dos outros para conhecer a lei de Cristo
Que lei é essa? A lei do sofrimento, ou seja, ajudar os necessitados, aqueles que estão debaixo de vergonha física, emocional e espiritual. Porém, nós temos, por cultura, carregar nossas próprias cargas, nos esquecendo que a lição que o Homem experimentado em sofrimento nos ministra, nos dá encorajamento para sairmos dos nossos casulos, das zonas de conforto e, assim, devemos imitá-lO, socorrendo os necessitados, em especial, os domésticos da fé. Mas observe, pelas nossas causas já sabemos lutar, já sofremos nossas dores, agora se tornar um intercessor da dor do outro é um milagre adicional. “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Mas prove cada um a sua própria obra, e terá glória só em si mesmo, e não noutro. Porque cada qual levará a sua própria carga.” (Gálatas 6:2-5)
Jesus tomou uma causa global, se fez maldição pendurado em um madeiro, recebeu o castigo da humanidade e se enfermou por nossa causa. Ele se tornou um compêndio de dor, da mais simples a mais absurda, para que pudéssemos ser sarados, através das suas pisaduras. Agora, cada um de nós tem sua história, o ser humano em geral tem seu momento de tortura psíquica, ou outros níveis de dores. Porém, o Senhor, experimentado em sofrimento, se torna uma referência para que possamos ler o que, de fato, aconteceu com Ele, os porquês dEle padecer e, nessa escola inesgotável de conhecimento sobre padecimento, possamos correr para Ele e sermos socorridos adequadamente por Aquele que pode tomar nossa causa. Na verdade, a causa de todo o mundo, ainda que seja uma crise existencial, ou até mesmo pecado. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” (I João 2:1,2)
Renê Terra Nova
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