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Tirando toda a aspereza do caminho



“Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro será abatido; e o que é torcido se endireitará, e o que é áspero se aplainará.” (Isaías 40:4)


Essa visão de arrancar os lugares ásperos para dar uma burilada no nosso caráter é um desafio terrível. Eu estou me repaginando, depois de tantos momentos complicados, quando traições e gente com o caráter distorcido começaram a se acercar a nós. Ficamos endurecidos e ríspidos, como uma defesa na nossa direção.


Eu fui tratado em muitas áreas da minha vida, e uma delas a mansidão; sou tranquilo. Contudo, comecei me perceber irritado, com umas anormalidades, até pensei no derrame hormonal e na fase da maturidade se aproximando... mas, depois dos exames e acompanhamentos adequados, percebi que as feridas que não fechamos não curam com tempo, envelhecem, podem se tornar crônicas e gerar uma enfermidade maior, como um câncer.


“Eis a voz do clamor da filha do meu povo de terra mui remota; não está o Senhor em Sião? Não está nela o seu rei? Por que me provocaram à ira com as suas imagens de escultura, com vaidades estranhas? Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos. Estou quebrantado pela ferida da filha do meu povo; ando de luto; o espanto se apoderou de mim. Porventura não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do meu povo?”. (Jeremias 8:19-22)


Essa situação de aspereza no caráter do povo, tem muito a ver com falta de educação, abuso de autoridade, mas não descartamos as feridas emocionais. Depois de tanto processo de cura na Visão, de extração de enfermidades generalizadas, nós temos um povo lindo, mas alguns não foram alcançados, é como se estivessem inebriados, com um véu sobre sua visão, uma nuvem que impede que o Sol da Justiça brilhe sobre as suas vidas.


Então, a ordem é que na preparação do Caminho, tudo que está brutalizado seja trabalhado, esmerilhado para que na rota que a Noiva vai passar suas vestes não fiquem presas na geografia áspera, e assim, como Igreja, possamos dar continuidade à caminhada, sem esse comportamento tosco que tem ferido a vida de muita gente. A reeducação poderá ativar a mente e o comportamentos de muitos, como que se vendo em um espelho e se fazendo perguntas. Dessa forma, podemos melhorar, em muito, a rota da Noiva.


Tenho convivido em meio à culturas e costumes diferentes, mas nada justifica alguém ser indelicado, grosso, áspero e arrogante. Me sinto envergonhado com alguns e, ao mesmo tempo, me pesquisando, apesar de ter alcançado muito, também sei que muita coisa ainda não conquistei, como disse o Apóstolo Paulo:


“Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Filipenses 3:13,14)


A nossa conduta tem que ser restaurada. Às vezes, por confiança excessiva, principalmente em casa, ferimos o cônjuge, os filhos, os parentes próximos e distantes, achando que eles têm a obrigação de conviver com a aspereza da Filha de Sião. Não! Precisamos nos reeducar mesmo, e sermos mais leais e simpáticos com aqueles que nos servem. Isso mostra o quanto estamos domados e temos uma alma tratada, ou pelos menos estamos nos esforçando. Sermos mais curados nos fará vermos muitos, ao nosso lado, desfrutando dessa leveza.


Renê Terra Nova

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