”E Jesus disse-lhes: Adverti, e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus.” (Mateus 16:6)
Quero começar parafraseando Jesus. Ele disse ao povo: “Esses ensinadores da Toráh, Fariseus e Saduceus, têm fermento no ensino. Cuidado com o que eles estão ministrando a vocês”. Cada década, a Igreja precisa repensar sua conduta, pois a velocidade do século tem colocado conteúdos que fogem do discurso de Jesus. Cada um fazendo a sua hermenêutica e querendo dizer o que a Bíblia nunca falou, e alguns interpretando a letra sem o temor do Espírito. Na verdade, a letra mata, mas o espírito vivifica. “O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica.” (II Coríntios 3:6). Se você sabe que Jesus é o Mentor do Evangelho, você entende que a Bíblia diz o que ela quer dizer e não o que você quer que ela diga. Forçar uma voz que não existe só para dar eco as nossas doutrinas pessoais se constitui heresia. O Evangelho é poderoso nele mesmo sem precisar da forcinha humana.
De fato, são muitos fermentos, muitos dos nossos jovens e outros tantos enfermentados já mostraram que a conduta de viver em santidade não está mais na nossa rota de dizer não pra carne e sim para o Espírito.
Nós que temos visto a aceleração de tantos conteúdos confusos e como a Igreja está sendo conduzida sem saúde doutrinária, onde cada um defende sua parte, e é mister que essas coisas aconteçam, devemos pautar respeito aos pensamentos, mas não é admissível que debitem em Jesus uma conta fora da conta. “Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz.” (Colossenses 2:14).
Isso não nos é suficiente? Mas, estão superfaturando essa conquista, debitando pecados novos, voluntários e desejados pela carne, e o discurso é: “Está tudo pago, e que Jesus já sabia desses pecados novos”. Sei que as correntes são fortes, mas eliminar a santidade e os murros na carne é sinal de que não houve novo nascimento. A graça nos é suficiente, assim como a vida de conduta ilibada nos é solicitado. “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Romanos 6:1,2)
A vida que eu possuo não é obra do meu esforço, mas não estou solicitado a menosprezar a conquista no calvário. “A salvação é de graça, mas não é barata, teve o preço no calvário”. Ele nos deu uma vida completa: “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência; entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também. Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” (Efésios 2:1-10). Andar nessa novidade de vida é extrair o fermento da sociedade levedado.
Renê Terra Nova
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